Articulação do Jornal dos Amigos
270114
De Davos a Cuba
Dilma dorme em Lisboa entre Davos e
Cuba e imprensa brasileira não perdoa
Dilma Rousseff com o chef do Eleven
27 janeiro, 2014
Depois de participar no Fórum Econômico Mundial em Davos,
na Suíça -onde apelou ao investimento no Brasil e falou sobre os programas de
erradicação de pobreza no seu país- a presidente brasileira fez escala em
Lisboa antes de rumar a Cuba.
Dilma Rousseff -que viajou na companhia dos ministros das
Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, do Desenvolvimento, Fernando
Pimentel, e pelo assessor especial da presidência, Marco Aurélio Garcia- ficou
hospedada no hotel Ritz, de sábado para domingo. A restante comitiva terá
pernoitado no hotel Tivoli, onde ocuparam mais de 25 quartos, de acordo com o
jornal Estado de São Paulo.
Em fim de semana de protestos em várias cidades do Brasil
contra as despesas com a organização do Mundial de futebol, a imprensa
brasileira destacou os gastos de Dilma com o alojamento na capital portuguesa,
onde toda a comitiva terá ocupado mais de 45 quartos e pago uma fatura de 21
mil euros, ainda segundo o mesmo jornal.
A líder da maior economia da América Latina jantou no
Eleven na noite de sábado, restaurante premiado com uma estrela Michelin. A
visita não deixou indiferente o chef Joachim Koerper, que lidera na cozinha, e
que não resistiu a postar uma fotografia com Dilma Rousseff na sua página de
Facebook, onde é, aliás, visível o cansaço da presidente após o encontro de
Davos.
A ementa também foi descrita pelo chef alemão. Dilma optou
por uma refeição constituída por pratos e produtos tipicamente portugueses:
brandade de bacalhau, presunto alentejano, cavala fumada, robalo e porco preto
alentejano. Durante a refeição foram servidos, destaca também o chef, três
diferentes tipos de queijos nacionais: Serpa, Ilha e Serra da Estrela.
A escala em Lisboa deveu-se a uma paragem técnica, avançou
a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto ao jornal "O Globo".
Os dois aviões da comitiva presidencial partiram no domingo de manhã rumo a
Cuba, onde a presidente vai inaugurar esta segunda-feira um porto financiado
pelo Brasil.
"A opção por Lisboa foi a mais adequada, já que se
trata do aeroporto mais a oeste no continente europeu com possibilidades de
escala técnica", avançou a presidência brasileira em comunicado.
Entretanto no outro lado do Atlântico, o fim de semana ficou marcado por fortes
protestos nas principais cidades brasileiras. Em São Paulo, um homem foi
baleado no sábado durante uma manifestação contra a organização do campeonato
do mundo de futebol. O protesto contou com a participação de 2500 pessoas e
terminou com a detenção de 128 manifestantes.
No Rio de Janeiro, o protesto juntou 300 pessoas em
Copacabana tendo terminado em confrontos com a polícia. As manifestações, que
tiveram lugar em 36 cidades brasileiras, foram convocadas pelo grupo de hackers
Anonymous e contaram com a participação do grupo anarquista black block. Dilma
Rousseff convocou, entretanto, uma reunião de emergência a realizar-se em
meados desta semana, no regresso da viagem da presidente do Brasil a Cuba.
Comentário do Jornal dos Amigos
Nosso comentário é o mesmo de Cinthia
Dorneles postado na página de Dinheiro Vivo. Demagogia e muita cara de pau.
Fala de erradicação da pobreza, conter gastos daqui e dali, mas gasta tudo o
que não deve com o dinheiro que sai do nosso bolso! Por isso o Brasil vai de
mal a pior, bem diferente do que dona Dilma sustenta nos discursos que faz por
aí. Agora vejamos sua estada em Cuba. Ela vai inaugurar obra financiada para os
irmãos Castros (não para os cubanos). Segundo a Veja, a obra é de fazer inveja
a qualquer exportador brasileiro, e de deixar os mais ricos visitantes de Davos
de boca aberta. O BNDES investiu 682 milhões de dólares (mais de um bilhão e
meio de reais) para reforma e ampliação do agora moderno Porto de Mariel. A
área, equivalente à de Curitiba, recebeu 100 quilômetros de rede de água, 12
quilômetros de ferrovia e 70 quilômetros de estrada pavimentada em pista dupla.
As indústrias estrangeiras que decidirem se instalar por ali poderão propor uma
renda miserável aos trabalhadores, enquanto a ditadura confisca a maior parte
dos salários, em programa semelhante ao Mais Médicos. Uma total falta de respeito
para com o contribuinte brasileiro. Nós não autorizamos a financiar essa obra.
Repudiamos esse ato em detrimento a milhões de brasileiros que não têm acesso a
esgoto, água encanada e serviço médico. Além do mais, não estamos em
condições de subvencionar obras alheias em país algum. E por que a
confidencialidade da operação entre os dois países? Por que o segredo até 2027?
Com a palavra o povo que votou em Dilma, o Ministério Público, a Justiça e o
Congresso.
Como sempre recebo por email
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