Assunto: FILHO DE MINISTRO É UM METEORO NA ODEBRECHT.
Repassando...
FILHO DE MINISTRO É UM METEORO NA ODEBRECHT
Em cinco anos,
Pedro Moreira Franco, filho do ministro Wellington Moreira Franco, foi de
trainee a diretor na Odebrecht, do empreiteiro Marcelo Odebrecht; coincidência
número 1: nesse período a Foz do Brasil, que pertence ao grupo, recebeu um
aporte entre R$ 400 milhões e R$ 500 milhões do FI-FGTS, que era pilotado pelo
ministro; coincidência número 2: nesse mesmo período, a Embraport, também da
Odebrecht, recebeu aporte de R$ 450 milhões; agora o perigo: na Secretaria da
Aviação, Moreira Franco prepara a concessão dos aeroportos, num modelo que
atende aos interesses da... adivinhem... Odebrecht; em comunicado, empresa diz
que contratação do filho do ministro foi técnica e que Moreira Franco não
influenciava no FI-FGTS; ministro diz o contrário
30 DE JULHO DE 2013 ÀS 12:46
247 - Pedro Moreira Franco, filho do
ministro Wellington Moreira Franco, da Secretaria Nacional de Aviação Civil,
pode ter todas as qualificações do mundo, mas o fato é que fez uma carreira
meteórica no grupo Odebrecht, do empreiteiro Marcelo Odebrecht.
Em nota, a
empresa tentou responder à reportagem do 247, que aponta ligações perigosas
demais entre a empreiteira e a família Moreira Franco (leia mais aqui). Mas o
comunicado, no entanto, reforça ainda mais as suspeitas. Leia abaixo:
Comunicado
Pedro Moreira Franco entrou para a Organização Odebrecht em
2005, através do programa de trainees da empresa. Três anos depois, iniciou uma
pós-graduação no exterior, de onde retornou em 2010 para trabalhar na Foz,
subsidiária da Odebrecht Ambiental. A entrada do FI-FGTS no capital da
Odebrecht Ambiental aconteceu em setembro de 2009 e o ministro Moreira Franco
não fez parte de nenhuma das instâncias encarregadas de aprovar o
investimento.
Ou seja: em
cinco anos, o filho do ministro, indicado ao cargo pelo PMDB, foi de trainee a
diretor, mesmo tendo passado três anos fora, cursando uma especialização.
O que aconteceu
nesse período? Em 2008, o FI-FGTS, um fundo com recursos dos trabalhadores, que
estava sob a responsabilidade de Moreira Franco, como vice-presidente de Fundos
da Caixa Econômica Federal, fez um aporte de R$ 450 milhões na Embraport,
empresa de portos do grupo Odebrecht (leia mais aqui).
Em outubro de
2009, mais um aporte, entre R$ 400 milhões e R$ 500 milhões, na Foz do Brasil,
justamente a empresa que reservou uma diretoria para Pedro Moreira Franco (leia
aqui).
Segundo a nota
da Odebrecht, Wellington Moreira Franco não teve qualquer influência na liberação
dos aportes nas empresas do grupo. No entanto, em seu próprio site, o ministro
ressalta o papel que teve na criação do FI-FGTS (leia aqui). "Esse ano
de 2009 representou a consolidação do Fundo de Investimentos do FGTS, que
encerrou o exercício com comprometimento total dos recursos inicialmente
alocados. Foram desembolsados R$ 14,5 bilhões do FI-FGTS. O ativo total do FGTS
no fim de 2009 era de R$ 2,35 bilhões", diz o ministro.
Agora, o
perigo: como ministro da Aviação Civil, e não mais como responsável pelo
FI-FGTS, Moreira Franco pilota a privatização dos aeroportos. Segundo o
colunista Janio de Freitas, da Folha, seu edital atende aos interesses da
Odebrecht.
É por essas e
outras que Janio considera "inexplicável" a presença de Moreira
Franco no governo Dilma. E é também esse o tema de uma das manchetes de hoje do
247, indagando se Dilma tem mais a ganhar ou a perder com sua aliança com o
PMDB (leia aqui).
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