Enviado, pela autora, São
Paulo-Capital
230313
Justiça é feita mas na prática...
Por Mara Montezuma Assaf
Revolta é o que me causou a leitura da carta da Sra.
Cláudia Priore (Fórum dos leitores do Estadão - 23/02) ) expondo o assalto com
violência cometido contra seus sogros e a atitude incompreensível dos
policiais que soltaram os criminosos, pegos com o carro e os bens
roubados das vítimas, diante da revolta da população da favela em defesa de seu
morador. A polícia soltou os meliantes! Explicação dada: a recomendação do
comando em São Paulo é não ferir bandidos para não arrumar problemas com os
direitos humanos. Eu somo esta notícia a outro fato atual: o de que o parricida
Gil Rugai, mesmo tendo sido condenado a 33 anos e 9 meses de prisão não só vai
recorrer da pena em liberdade como também, mesmo se tivesse sido preso, só
teria a cumprir mais 3 anos e 1 mês de prisão...que somariam aos 2 anos e 6
meses em que foi mantido preso. Só isso? Lição aprendida: no Brasil a
prática do crime compensa, a cruel inversão de valores está sendo esfregada na
nossa cara e ninguém faz nada para mudar este quadro! Por que somos tão
omissos? O quê exatamente nos paralisa? Enquanto nada fazemos, os grandes
interessados nesta "revolução" estão à todo vapor implantando os
alicerces do que entendem ser "uma nova sociedade". ACORDA, Brasil!
Comentário do Jornal dos Amigos
O caso de Gil Rugai é
hilário, para não dizer trágico. O sujeito é condenado a 33 anos e 9 meses em
regime fechado pelo assassinato de seu pai, Luis Rugai, e de sua madrasta,
Alessandra Troitino, ocorrido em março de 2004, mas continua solto. Na
sentença, o juiz Adilson Paukoski Simoni chamou o condenado de dissimulado e "extremamente
perigoso", entretanto, determinou que ele pudesse recorrer da sentença em
liberdade. E ainda acrescentou que Rugai pode pedir progressão para o regime
semiaberto. Ora, isso não passa de uma palhaçada. Justiça para quê? Pode matar
porque 5 anos depois você pode ganhar a liberdade. No caso de Gil é
imediata. O crime no Brasil compensa e nesse caso “não vale a pena”. Veja
também o caso daquele ex-deputado de Curitiba, Carli Filho, que passou por cima
de dois rapazes a 130 km, matando-os. Há provas de que estava alcoolizado e
nada acontece, está solto. O Brasil é o país da impunidade. Se esses crimes
fossem cometidos nos EUA -em que 36 estados dos 50 ainda existe pena de morte-
esses sujeitos pegariam com a pena capital ou prisão perpétua, sem essa de progressão
da pena para regime semiaberto.
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