Por Reinaldo
Azevedo - Em 14 Fev 2014
O cinegrafista Santiago Andrade está morto. Não vai
comparecer à próxima manifestação nem ao almoço de domingo. Quem o subtraiu da vida
roubou também o pai, o marido, o amigo e a liberdade de imprensa.
Eu acuso Franklin Martins de ser o chefe de uma
milícia oportunista contra a imprensa livre.
Eu acuso o governo federal e as estatais, que
financiam páginas e veículos que pregam o ódio ao jornalismo independente, de
ser corresponsáveis por essa morte.
Eu acuso o ministro José Eduardo Cardozo de ser,
querendo ou não, na prática, um dos incitadores da desordem.
Eu acuso o ministro Gilberto Carvalho de especular com
o confronto de todos contra todos.
Eu acuso jornalistas de praticar a sujeição voluntária
porque se calam sobre o fato de que são caçados nas ruas pelos ditos
"ativistas" e obrigados a trabalhar clandestinamente.
Eu acuso empresas e jornalistas de se render a
milicianos das redes sociais e de se preocupar mais com "o que elas vão
dizer de nós" do que com o que "nós temos de dizer a elas".
Eu acuso uns e outros de se deixar pautar por
dinossauros com um iPad nas patas.
No começo deste mês, Franklin Martins participou de
"um debate" com gente que concorda com ele num aparelho sindical a
serviço do PT. Malhou a imprensa à vontade, num ambiente em que só o
ressentimento superava a burrice. Num dado momento, afirmou: "Há por parte
da maioria dos órgãos de comunicação uma oposição reiterada, sistemática,
muitas vezes raivosa, contra o governo; [isso] implica que o governo tenha de
fazer a disputa política de modo permanente; ou seja, não é de vez em quando;
tem de fazer sempre."
Aí está a origem do mal. A afirmação de Martins é
mentirosa. Não existe essa imprensa de oposição. É delírio autoritário de quem
precisa inventar um fantasma para endurecer o jogo com os "inimigos".
Ele será o homem forte da campanha de Dilma à reeleição e voltou a ser a mão
que balança o berço na Secom, que distribui a verba de publicidade aos
linchadores.
Constrangido por essa patrulha financiada por dinheiro
público, que literalmente arma a mão de delinquentes, o jornalismo se intimida,
se esconde e se esquece de que não é apenas uma caixa de ressonância de valores
em disputa. Se nos cabe reportar a ação dos que não toleram a democracia, é
preciso evidenciar que o regime de liberdades é inegociável e que os critérios
com que se avalia a violência de quem luta contra uma tirania não servem para
medir a ação dos que protestam num regime democrático.
Dois dias depois da morte de Santiago, o moribundo MST
organizou uma arruaça em Brasília e feriu 30 policiais, oito deles com
gravidade. A presidente decidiu receber a turba pra conversar.
Eu acuso a "red bloc" Dilma Rousseff de ser
omissa, de abrigar a violência e de promover a baderna.
PS - Janio de Freitas especulou sobre a honorabilidade
de Jonas Tadeu Nunes, advogado dos assassinos de Santiago, porque já foi
defensor de Natalino Guimarães, chefe de milícia. Alguns figurões do direito
defenderam os ladrões do mensalão, e ninguém, com razão, duvidou da sua honra.
O compromisso do advogado é com o direito de defesa, não com o crime praticado.
O colunista referiu-se a mim –"um comentarista que já aparecia na
rádio..."– porque perguntei a Jonas, na Jovem Pan, se grupos de extrema
esquerda financiavam arruaceiros. Janio indaga se não poderiam ser de extrema
direita. Se ela existisse, se fosse organizada, se tivesse partido, se
recebesse verbas do fundo partidário, se tivesse suas "Sininhos" e
seus piratas de olhos cerúleos, talvez... Acontece que as antípodas direita e
extrema-direita no Brasil são substantivos abstratos, que só existem na mente
meio paranoica das esquerdas. Ah, sim: apareceu uma lista de financiadores dos
"black blocs". Todos de esquerda. Quod erat demonstrandum.
Veja como publicado:
Lembre-se
sempre:
"Embora
ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode
começar agora e fazer um novo fim".
Esta é uma
comunicação oficial do Instituto Endireita Brasil. Reenvie
imediatamente esta mensagem para toda a sua lista, o Brasil agradece.
Receba nossas
mensagens enviando um email para: emdireitabrasil-subscribe@yahoogrupos.com.br
e entrando para o nosso grupo.
Siga-nos no
Twitter: @emdireitabrasil
Compartilhe no facebook: http://www.facebook.com/InstitutoEndireitaBrasil
0 comentários:
Postar um comentário