Promessa de campanha
E
a vaca tossiu!
Eu
“juro” que eu tento encontrar alguma notícia boa, onde eu não precise ficar
revoltado ainda mais com as mentiras deste governo, mas está difícil aguentar
tanta propaganda enganosa!
Foram
inúmeras as promessas mentiras feitas antes das eleições: os juros
não iriam subir (subiu, e os banqueiros estão sorrindo de orelha a orelha); o
dólar não iria subir (subiu pra cacete); a inflação estaria controlada
(estourou a meta do Banco Central em praticamente todos os meses do ano); o
país iria crescer (só se for crescimento negativo); não iriam colocar o Armínio
Fraga no Ministério da Fazenda (colocaram o Joaquim Levy, que é muito “pior”,
obviamente “pior” na visão dos PTralhas). Enfim, essa é uma pequena amostra das
mentiras e enganações que aconteceram.
A
última mentira do governo está relacionada aos direitos trabalhistas. Antes das
eleições, nossa queridíssima presidentA dizia aos quatro ventos que não iria
mexer no direito dos trabalhadores. Para quem não acredita, dá uma olhadinha no
Twitter oficial dela, em 12 de outubro de 2014: “Tem coisas que eu não
concordo, como mexer nos direitos do trabalhador e não abro mão nem que a vaca
tussa! #Dilminha13”.
Aliás,
Dilma passou a campanha inteira demonizando seus adversários, dizendo que Aécio
Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB) mexeriam nos direitos trabalhistas e
previdenciários se fossem eleitos.
Algumas
centrais sindicais também entraram nessa onda, como pode ser visto na primeira
imagem acima. Será que as pessoas que estão atrás desses cartazes continuam
rindo?! Alguns eu acho que sim, e bastante.
Obviamente
que qualquer pessoa com o mínimo de bom senso (inclusive o próprio governo)
sabia que isso era mais uma mentira deslavada. Afinal, este país está quebrado
e precisaria urgentemente de medidas bastante impopulares para tentar corrigir
o rumo desastroso que tomou. E num é que a vaca tossiu! (segunda imagem).
Para
fechar o ano com chave de ouro, o governo anunciou uma série de medidas que
tornarão mais rígidos o acesso dos trabalhadores ao abono salarial, seguro-desemprego,
pensão por morte e auxílio-doença. Veja a seguir as principais mudanças:
ABONO SALARIAL
Ao invés de trabalhar apenas 1 mês e ganhar até 2 salários mínimos
para receber este benefício, o trabalhador terá que trabalhar por, pelo menos,
seis meses seguidos com carteira assinada.
SEGURO DESEMPREGO
Antes, o trabalhador podia solicitar o seguro-desemprego após
trabalhar 6 meses, agora, será preciso trabalhar 18 meses.
AUXÍLIO DOENÇA
O prazo de afastamento a ser pago pelo empregador era de 15 dias.
Agora, passará a ser de 30 dias. PENSÃO POR MORTE: o benefício era de 100% do
vencimento e passará a ser de 50% mais 10% por dependente. Além disto, não
havia necessidade de contribuição mínima para receber o benefício. Agora, será
necessário comprovar o pagamento de 24 meses de contribuição previdenciária.
PENSÃO POR MORTE
O benefício era de 100% do vencimento e passará a ser de 50% mais
10% por dependente. Além disto, não havia necessidade de contribuição mínima
para receber o benefício. Agora, será necessário comprovar o pagamento de 24
meses de contribuição previdenciária.
Essas
mudanças só afetam futuros beneficiários, não atingem quem já recebe esses
benefícios.
Apesar
das medidas serem corretas e necessárias (sim, o governo está tomando medidas
corretas!), o discurso anterior às eleições era exatamente o oposto. E é aí que
mora o problema! Prometer uma coisa e fazer outra chama-se, no mínimo,
propaganda enganosa (desonestidade, para ser mais claro).
O
que dizer para os 55,7 milhões de enganados eleitores, que acreditaram que iria
acontecer uma coisa e, depois das eleições, aconteceu exatamente o contrário?
Se bem que alguns desses eleitores gostam de ser enganados (deve ser a síndrome
do corno assumido). Com estas medidas o governo espera economizar cerca de R$
18 bilhões.
O
“engraçado” é que, recentemente, nossos queridos parlamentares se
auto-promoveram! Todos eles ganharão um rechonchudo aumento em suas contas
bancárias (em que seus salários passarão de R$27 mil para R$33,7 mil), o que
impactará negativamente os cofres públicos em 3,8 bilhões de reais!
Diminuir
os salários dos parlamentares, cortar ministérios, reduzir cargos
comissionados, ou implementar controles mais rígidos nos financiamentos
públicos, nem pensar, né?! Mas para meter a mão no bolso do trabalhador, não
pensam duas vezes!
Feliz
Ano Novo!
Otário
Anonymous
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