"O
MONSTRO" Exmº Sr Juiz SÉRGIO MORO
Lava
Jato
Vale a pena conhecer um pouco da
vida desse juiz federal que leu e assimilou a estratégia da delação premiada e
da publicidade, usada
pelos "juízes de ataque" da Operação Mãos Limpas (Itália, década de
70), os quais "após dois anos de investigações, haviam
expedido 2.993 mandados de prisão contra empresários e centenas de
parlamentares, dentre os quais quatro ex-premiês".
A Lava Jato (já na 14ª etapa) "está
apenas no começo", diz ele. Concordo. Mas já
está mais que na hora de apertar o cerco sobre o Ali Babá e a Rainha da
Inglaterra (Dilma, no imaginário de Lula), que tropeçou com as
"pedaladas" fiscais de 2014, não engolidas pelo TCU.
QUEM É
SÉRGIO MORO?
Veja quem é o Juiz da Operação Lava-jato, a quem
podemos comparar a Joaquim Barbosa.
Dono de
estilo reservado, caráter ilibado, honestidade implacável e hábitos simples, o
JUIZ da Vara Federal de Curitiba-PR entrou para a história do nosso país ao
levar EXECUTIVOS PODEROSOS ligados ao PT de EMPREITEIRAS FAMOSAS para a CADEIA
e se mostrar implacável no combate à CORRUPÇÃO da PETROBRÁS e da POLITICA
brasileira. Sempre que alguém o compara com Joaquim
Barbosa, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Sérgio Moro desconversa. Ou
melhor, silencia.
O juiz da
13ª vara federal criminal de Curitiba, que ganhou notoriedade à frente das
investigações da Operação Lava-Jato, não gosta desse tipo de comparação nem de
especulações sobre o seu futuro.
Há alguns
anos, rejeitou sondagens para se tornar desembargador, o que para muitos é
degrau natural para galgar a última instância do Judiciário. Moro afastou-se da
oferta por desconfiar de tentativa de cooptação por parte de um figurão da
política nacional que temia virar réu num inquérito que chegou à sua mesa. Não
fosse isso, ele daria outro jeito de recusar a oferta por acreditar que ainda
há muito o que fazer na primeira instância.
Eleito
pela REVISTA "ISTO É" o "BRASILEIRO do ANO", SÉRGIO
MORO não mostra sedução pelo poder da toga.
De hábitos
simples, ele faz parte de uma rara safra de juízes que encararam a magistratura
como profissão de fé.
Não dá
entrevista, nem posa para fotos. Dispensa privilégios. Vai para o trabalho
todos os dias a bordo de um velho Fiat Idea 2005, prata, bastante sujo e
repleto de livros jurídicos empilhados no banco de trás. Antes, chegou a ir de
bicicleta. "Quando eu chego aos lugares, ninguém imagina que é o Sérgio
Moro", conta, sorrindo.
Apesar de
ter se tornado o inimigo número 1 de poderosos, prefere andar sem
guarda-costas. Quem sempre reclama é a esposa, a advogada Rosângela Wolff de
Quadros Moro, procuradora jurídica da Federação Nacional das Apaes, instituição
dedicada à inclusão social de pessoas com deficiência. A "Sra. Moro"
teme pela segurança do marido, e dela mesma, afinal o magistrado se mostrou
implacável com a corrupção ao encurralar integrantes do governo do PT e levar,
numa ação inédita, executivos das maiores empreiteiras do País à cadeia.
Nascido
em PONTA GROSSA - há 42 anos, Moro é filho de Odete Starke Moro com Dalton
Áureo Moro,
professor de geografia da Universidade de Estadual de Maringá - morto em 2005.
Antes de ingressar na Magistratura, seguiu os passos do pai. Integrou o mesmo
Departamento de Geografia da UEM e também deu aula nos colégios Papa João XIII
e Dr. Gastão Vidigal.
Obteve os
títulos de MESTRE e DOUTOR em DIREITO do Estado pela Universidade
Federal do Paraná. Seu orientador foi Marçal Justen Filho, um dos mais
conceituados especialistas em licitações e contratos. Cursou o Program of
Instruction for Lawyers na prestigiada Harvard Law School e participou de
programas de estudos sobre lavagem de dinheiro no International Visitors
Program, promovido pelo Departamento de Estado americano.
Sérgio
Moro criou varas especializadas em crimes financeiros na Justiça Federal e traz
no currículo outras operações de peso. Presidiu o inquérito da operação Farol
da Colina, que desmontou uma rede de 60 doleiros, entre eles Alberto Youssef. A
investigação fora um desdobramento do caso Banestado, que apurou a evasão de
US$ 30 bilhões de políticos por meio das chamadas contas CC5.
Ciente de
que os mecanismos de lavagem de dinheiro evoluem e se tornam cada vez mais
complexos, Moro não para de estudar.
É um
aficionado pela histórica "Operação Mãos Limpas". Quando a compara
com a Lava Jato, não tem dúvidas: "É apenas o começo". O caso que
marcou para sempre a política italiana foi deflagrado por um acordo de delação,
mecanismo inaugurado anos antes nos processos contra a máfia. Após dois anos de
investigações, a Justiça italiana havia expedido 2.993 mandados de prisão
contra empresários e centenas de parlamentares, dentre os quais quatro
ex-premiês.
Num artigo
sobre o caso italiano em 2004, Moro exalta os chamados "pretori
d'assalto", ou "juízes de ataque", geração de magistrados dos
anos 1970 na Itália que ganharam espécie e legitimidade ao usar a lei para
"reduzir a injustiça social", tomar "posturas antigovernamentais"
e muitas vezes agir "em substituição a um poder político impotente".
O juiz SÉRGIO MORO se identifica com essa geração e vê no Brasil de hoje um
cenário semelhante e propício ao combate à CORRUPÇÃO.
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"A mudança assusta, traz
desconforto, mas ela é inevitável!!!
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