segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Oliveira de Panelas, poeta e repentista Pernambucano, certa vez se deparou com um desafio no mínimo inusitado. Após consertar seu carro na oficina de um amigo e perguntar quanto havia custado o conserto, ouviu do Dono da Oficina, que o conserto ficaria de graça, caso ele fizesse um verso, falando sobre o seu “órgão sexual”. Surpreso e ao mesmo tempo indignado, Oliveira resolveu brincar com o seu amigo dono da oficina e descreveu assim o “dito cujo”.


Essa rola antigamente            
Vivia caçando briga                  
Furando pé de barriga             
Doidinha pra fazer gente        
Mas hoje tá diferente               
No mais profundo abandono  
Dormindo um eterno sono     
Não quer mais saber de nada
Com a cabeça encostada        
Na porta do cu do dono          

Já fez muita estripulia            
Firme que só bambu             
Mais parecia um tatu             
Fuçava depois cuspia           
Reinava na putaria                
O priquito era seu trono       
Trepava sem sentir sono      
E sem precisar de escada   
Mas hoje vive enfadada       
Na porta do cu do dono       

Nunca mais desvirginou      
Uma mata vaginosa              
Há muito tempo não goza    
A noite de gala passou         
Vive cheia de pudor              
Sonolenta e sem abono        
Faz da ceroula um quimono
E da cueca uma estufa         
Vive hoje à cheirar bufa       
Na porta do cu do dono   




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