Oliveira de Panelas,
poeta e repentista Pernambucano, certa vez se deparou com um desafio no mínimo
inusitado. Após consertar seu carro na oficina de um amigo e perguntar quanto
havia custado o conserto, ouviu do Dono da Oficina, que o conserto ficaria de
graça, caso ele fizesse um verso, falando sobre o seu “órgão sexual”. Surpreso
e ao mesmo tempo indignado, Oliveira resolveu brincar com o seu amigo dono da
oficina e descreveu assim o “dito cujo”.
Essa rola antigamente
Vivia caçando
briga
Furando pé de
barriga
Doidinha pra fazer
gente
Mas hoje tá
diferente
No mais profundo
abandono
Dormindo um eterno
sono
Não quer mais saber
de nada
Com a cabeça
encostada
Na porta do cu do
dono
Já fez muita
estripulia
Firme que só
bambu
Mais parecia um
tatu
Fuçava depois
cuspia
Reinava na
putaria
O priquito era seu
trono
Trepava sem sentir
sono
E sem precisar de
escada
Mas hoje vive
enfadada
Na porta do cu do
dono
Nunca mais
desvirginou
Uma mata
vaginosa
Há muito tempo não
goza
A noite de gala
passou
Vive cheia de
pudor
Sonolenta e sem
abono
Faz da ceroula um
quimono
E da cueca uma
estufa
Vive hoje à cheirar
bufa
Na porta do cu do
dono
segunda-feira, 29 de dezembro de 2014
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário