Da série “Os
canalhas também envelhecem”, você
compraria um carro usado de Fernando Collor de Melo?
compraria um carro usado de Fernando Collor de Melo?
Charge de Sinovaldo para o jornal NH, RS
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Carros de luxo apreendidos de Collor
são de empresa da qual ele é sócio
Veículos superesportivos foram
apreendidos na Casa da Dinda, em Brasília
Ferrari e Lamborghini estão em nome da
empresa Água Branca Participações
Foto: Pedro
Ladeira/Folhapress
Lamborghini Aventador é levada da Casa
da Dinda por policiais
Do G1
A Ferrari e a Lamborghini apreendidas pela Polícia Federal
(PF) em uma das casas do ex-presidente e senador Fernando Collor (PTB-AL), em
Brasília, estão registradas em nome de uma empresa da qual ele é sócio
majoritário. Os dois carros de luxo foram financiados pela Água Branca
Participações Ltda., junto ao Bradesco Financiamentos, e acumulam juntos
dívidas de IPVA que somam aproximadamente R$ 335 mil.
A companhia, sediada em São Paulo, está registrada em nome
de Collor e da esposa dele, Caroline Serejo Medeiros Collor de Mello como uma
holding de instituição não financeira. Essas holdings podem exercer funções de
gestão e administração dos negócios das empresas de um grupo ou de uma pessoa.
Segundo dados da Receita Federal, Caroline é sócia- administradora da empresa.
Na declaração de bens entregue à Justiça Eleitoral na
eleição do ano passado, Collor informou que possui R$ 1.350.000 em cotas da
Água Branca Participações, cujo capital social total é de R$ 1.377.000. Como
declarou a participação societária na empresa, o ex-presidente não precisaria
detalhar bens pertencentes à companhia.
O parlamentar de Alagoas declarou na eleição de 2014,
contudo, que possui, em seu nome, 13 veículos automotores (veja a lista
completa ao final desta reportagem). Os carros registrados em nome de Collor
vão desde veículos populares até superesportivos como uma Ferrari 612
Scaglietti ano 2005 avaliada em cerca de R$ 815 mil.
Estão registrados 13 veículos em nome
de Collor declarados ao TSE
- BWW 760IA
- Kia Carnival
- Ferrari Scaglietti
- Toyota Land Cruiser
- Mercedes E320
- Toyota Hilux (duas unidades)
- Volkswagen Gol 1.6 Rallye
- Citröen C6
- Cadilac SRX
- Hyundai Vera Cruz
- Honda Accord
- Land Rover.
Investigado pela Procuradoria Geral da República por
suspeita de envolvimento no esquema de corrupção que atuava na Petrobras,
Collor foi alvo nesta terça-feira (14), na mais recente fase da Operação Lava
Jato, de mandados de busca e apreensão em suas residências na capital federal e
em Alagoas. As ordens judiciais foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal
(STF).
A Ferrari vermelha apreendida pela PF nesta terça-feira
(14) na Casa da Dinda, propriedade de Collor que foi usada como residência
oficial da Presidência na época em que ele comandou o Palácio do Planalto, é o
modelo 458 Italia, ano 2010, modelo 2011. A edição de 2015 deste superesportivo
custa R$ 1,95 milhão e o carro tem dívida de IPVA de quase R$ 86 mil.
Já a Lamborghini azul apreendida é o modelo Aventador LP 700-4 Roadster,
2013/2014, avaliada em R$ 2,5 milhões. O veículo também tem uma dívida
de IPVA de R$ 250 mil.
Além da Ferrari e da Lamborghini, os agentes também levaram
da Casa da Dinda para a superintendência da PF no Distrito Federal um Porsche
Panamera preto, ano 2011, modelo 2012. O Porsche foi emplacado em Maceió.
Da tribuna do Senado, Collor afirmou nesta terça que a
operação da PF foi "espetaculosa" e midiática". Na visão dele, a
busca e apreensão solicitada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot,
foi truculenta e "extrapolou" todos os limites do estado democrático
de direito e da legalidade.
"Uma operação espetaculosa, midiática, com vários
helicópteros, dezenas de viaturas, absolutamente desnecessários, e maldosamente
orquestrada pelo PGR, com único intuito mesquinho e mentiroso de vincular a uma
investigação criminosa, bens e valores legalmente declarados e adquiridos nos
anos, ou antes, de qualquer investigação, muito antes do suposto cometimento de
pretensos crimes maldosamente a mim imputados.", reclamou o parlamentar
alagoano na tribuna.
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