É preciso cooptar ou denegrir as Forças Armadas para instalar um
regime espúrio
Por Rômulo Bini Pereira*, em 08 nov 2015
"A farda não abafa o cidadão no peito do soldado!",
General Osório
Vem sendo veiculada com frequência pela mídia a afirmação de que
"as instituições de nosso país estão consolidadas e funcionando
corretamente". E está sempre presente em debates de TV, artigos e
reportagens porque é dita ou escrita num contexto de temas sobre o grave e
vergonhoso momento por que passa o País. Trata-se de verdadeiro paradoxo, pois,
se consolidadas e funcionando corretamente, a Nação não estaria convivendo com
o que tem sido considerado o pior período da História nacional, em que se nota
visível e crescente decadência moral e ética no campo interno e preocupante descrença
externa quanto ao futuro do Brasil.
Talvez a afirmativa seja uma advertência para possíveis atitudes
extremas e aventureiras, como golpes e intervenções de qualquer natureza.
Entretanto, o estudo das instituições quanto ao seu funcionamento e à sua
consolidação carece de uma análise de respostas. Para quem e para que
funcionam? Estão realmente consolidadas?
No campo militar – razão maior deste artigo –, os chefes militares
vêm sendo questionados por líderes políticos, empresariais, religiosos, sociais
e outros segmentos da sociedade civil. Querem saber qual a posição das Forças
Armadas caso ocorra uma grave crise institucional e que soluções teriam para
impedir que ela instale o caos no País. Não são "vivandeiras de
quartel", mas, sim, personalidades que consideram as Forças Armadas um
verdadeiro esteio do regime democrático a ser preservado no Brasil.
Sem exceção, os chefes militares insistem que a solução deve vir
das lideranças civis e estar consoante com os princípios constitucionais. Tal
atitude vem sendo adotada desde o início dos governos da Nova República. Nestas
mais de três décadas, elas acompanharam a vida política do País sem nenhuma
interferência no processo institucional. Cumpriram e cumprem ainda um papel
imprescindível.
Em todos estes anos as Forças Armadas ouviram em silêncio críticas,
ofensas e inverdades de toda ordem. Ainda hoje, atribuir ao regime militar
todos os males que afligem o povo brasileiro é praxe constante. Foi essa
atitude crônica e repetitiva das esquerdas brasileiras que contribuiu para que
contraíssem uma doença mental diagnosticada como esquerdopatia.
Recentemente os costumeiros esquerdopatas voltaram a se manifestar.
Um general de quatro estrelas, integrante do Alto-Comando do Exército,
altamente conceituado na Força, de moral e integridade inatacáveis, enumerou e
analisou possíveis cenários que poderiam concretizar-se em curto prazo no País.
Um estudo de Estado-Maior, oportuno e de veracidade inquestionável, apresentado
a jovens militares em ambiente reservado. Com sua análise o general cumpriu um
dos maiores deveres que o chefe militar tem obrigação de cumprir: o de manter
seus comandados bem informados, principalmente nestas horas de total escuridão,
desacertos, mentiras e degeneração política e moral do País. Em nenhum momento
de seu estudo e de sua apresentação foi observada qualquer proposta concreta ou
uma simples sugestão com o objetivo de intervenção nos Poderes constituídos.
No último cenário apresentado, o general, com muita propriedade,
alertou que o agravamento de uma crise institucional poderia conduzir o País a
uma caótica conjuntura; nesse caso as Forças Armadas teriam de ser empenhadas
e, por isso, deveriam estar adestradas.
Foi o bastante para que esquerdopatas de plantão, a maioria
conhecida por seu ranço ideológico e aversão aos militares, considerassem sua
análise como uma real proposta de golpe militar. Deveriam, sim, ler com mais
atenção os artigos 136, 137 e 142 da Carta Magna, pois neles estão previstas as
atribuições de diversos órgãos públicos caso uma grave instabilidade
institucional ocorra.
Não serão nossas frágeis e desacreditadas instituições que atuarão,
mas, indubitavelmente, as Forças Armadas, que para tal missão devem estar
preparadas. É bom lembrar palavras de Barack Obama em saudação a militares dos
EUA: "O que mantém o nosso sistema democrático são as nossas Forças
Armadas". No Brasil, uma declaração desse teor é impossível. Os
esquerdopatas considerariam um incentivo à intervenção militar.
O general foi exonerado do comando, por orientação ministerial, por
ter feito críticas à incompetência, má gestão e corrupção do Poder Executivo. O
ministro da Defesa, de formação comunista e no presente um
"democrata", bem que poderia, com essa evolução de princípios
políticos, orientar os integrantes de seu partido (PCdoB). Este, sim, um
partido que apoia e defende organizações e falsos movimentos sociais que ainda
pregam a derrubada de regimes democráticos "adolescentes", até se
necessário com o uso da força. Tal qual o PT, também segue a cartilha do Foro
de São Paulo. Seus intelectuais gramscistas e ideólogos esquerdopatas sabem que
as Forças Armadas brasileiras são a instituição que precisa ser denegrida ou
cooptada para a instalação de um regime espúrio e bolivariano no País. Este
silêncio agora imposto aos militares da ativa se enquadra nesse propósito.
Segundo o Foro, os militares são seres amorfos, sem personalidade, desprovidos
de inteligência, alienados e cidadãos de segunda classe, que não poderão
manifestar suas inconformidades com o atual estado de calamidade política,
econômica e social do País.
Felizmente, existe a esperança de que os estudos de Estado-Maior
sobre a realidade brasileira, idênticos ao do general agora exonerado, continuem
a ser realizados, como uma sólida armadura contra os que desejam regimes
espúrios e esdrúxulos para o Brasil. Que sejam um alerta à sociedade brasileira
quanto ao crítico estado de iminente ingovernabilidade do País.
Por outro lado, vê-se com imensa decepção e tristeza a incapacidade
de nossas lideranças políticas de gerir os destinos e interesses da brava Nação
brasileira. Para elas, os seus interesses – individuais e de seus grupos – são
prioritários e estão acima dos anseios do povo. Por isso, alertar é preciso!
*General de Exército R/1, foi Chefe do Estado-Maior do Ministério
da Defesa
Esta é uma
mensagem enviada pelo Instituto Endireita Brasil.
Visite o nosso
site: www.emdireitabrasil.com.br
Compartilhe no
facebook: http://www.facebook.com/InstitutoEndireitaBrasil
Receba nossas
mensagens enviando um email para: emdireitabrasil-subscribe@yahoogrupos.com.br e
entrando para o nosso grupo.
Lembre-se
sempre:
"Embora
ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar
agora e fazer um novo fim".
Se você estiver
de acordo com a opinião ou mensagem, pedimos-lhe reenviar para seus contatos. O
Brasil agradece.
0 comentários:
Postar um comentário