Por Jair Bolsonaro, em 18 Dez 2014
Em 1º de novembro de 2003, um menor de idade conhecido como Champinha
e quatro comparsas surpreenderam um casal de jovens –Felipe Café, 19, e Liana
Friedenbach, 16– que estava acampado. Felipe foi executado no dia seguinte com
um tiro na nuca. Ela viveu horrores ao ser estuprada em rodízio por seus
algozes, até ser executada, no dia 5, a golpes de facão.
Dias depois, no Congresso, eu concedia entrevista à Rede TV sobre a
redução da maioridade penal quando, inopinadamente, a deputada Maria do Rosário
(PT-RS) começou a me ofender gratuitamente, bradando que eram de minha responsabilidade
aqueles crimes. Em seguida, ela me chamou de estuprador. Repetiu a ofensa e, em
resposta ao meu questionamento, reafirmou que eu era estuprador.
Minha reação ocorreu num reflexo e, ante a agressão verbal injusta,
respondi que não era estuprador, mas que, se fosse, não a estupraria porque ela
não merecia. Seguindo-se ofensas recíprocas e a ameaça dela de me dar uma bofetada
na cara, reagi defensivamente e a alertei de que, se ela me agredisse, também
seria agredida. Tudo isso pode ser comprovado por vídeos na internet.
Qualquer pessoa que preza seus familiares se sentiria ofendida e muitas
teriam a mesma reação.
Já me rotularam de homofóbico por ser contra o "kit gay" nas
escolas do ensino fundamental e, recentemente, também fui rotulado de racista
por ser contra as cotas. No caso "Preta Gil", em que fui acusado de
racista depois de entrevista ao programa "CQC", da Band, o procurador-geral
da República, em junho deste ano, pediu ao STF o arquivamento do processo
porque o "CQC" informou não possuir mais a fita "bruta" do
programa.
Entendo ser o parlamentar que melhor encarna a dura oposição ao governo
do PT, em especial dos seus integrantes que tentaram mergulhar o Brasil numa
aventura cubana.
Eles se incomodam comigo quando falo do passado de seus ícones, como
Carlos Lamarca, que, antes de desertar, "despachou" mulher e dois
filhos para Cuba, ou sobre os crimes cometidos pela VPR (Vanguarda Popular Revolucionária)
–de Dilma Rousseff e seu ex-marido Carlos Araújo– como a execução do jovem
tenente Alberto Mendes Júnior.
Buscando restabelecer a verdadeira história recente do país, apresentei
o projeto de lei nº 8.246/2014, que visa criar nova Comissão da Verdade para,
entre outros crimes, apurar a afirmação do jornalista Ancelmo Gois de que só
podia transitar pelo Brasil graças à carteira de identidade falsa fornecida,
pasmem, pela KGB, o serviço secreto soviético.
A verdade tortura muitos parlamentares do PT, PSOL e PC do B, em especial
quando, na semana passada, acusei na Comissão de Direitos Humanos o aliciamento
de jovens estudantes para a Guerrilha do Araguaia para serem estupradas pelos
seus comandantes comunistas.
Devemos acreditar no PT, que rejeita qualquer investigação no sequestro,
tortura e execução do prefeito Celso Daniel, ou no Exército, que, impulsionado
pela mídia, pela Igreja Católica, pela OAB, por mulheres nas ruas, por
empresários e pela maioria esmagadora da Câmara e do Senado salvaram o país do
comunismo em 1964?
Enquanto eu for parlamentar, restará ao PT apenas o direito de gritar.
JAIR BOLSONARO, 59, capitão da reserva do Exército, é deputado federal
pelo PP-RJ
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